Dias melhores para o nosso país
Artigo escrito pelo presidente da ABCFARMA, Pedro Zidoi
No momento, grande parte das indústrias brasileiras passa por dificuldades. Isso porque ainda não temos um parque industrial preparado para enfrentar concorrência externa – e o Brasil enfrenta dificuldades na maioria dos setores industriais.
Lamento que o BNDES, em vez de injetar recursos na infraestrutura do país, envie recursos para Cuba modernizar portos e aeroportos, assim como investe na Venezuela e em outros países que estão sendo mal administrados.
O Brasil parece se espelhar nas economias desses países, incluindo Peru e Bolívia.
Passou também a desprezar parceiros tradicionais e centralizou seus negócios com a China, exportando commodities e importando produtos industrializados daquele país.
A história se repete. Quando os portugueses chegaram a nosso país, encontraram uma população indígena ingênua e totalmente despreparada para a negociação.
Como os indígenas evidentemente não conheciam o avanço tecnológico dos países europeus, qualquer bugiganga apresentada pelos visitantes portugueses era trocada na hora por riquezas naturais, principalmente ouro.
Até há poucos anos, a China importou nossos minérios, produtos agrícolas e outros de seu interesse, para atender à enorme população chinesa.
Nossos dirigentes a todo momento usam a mídia para dizer à população que as dificuldades atuais não passam de ajuste econômico momentâneo e que, em curto espaço de tempo, a economia brasileira vai retornar à normalidade.
Mas se o atual governo não apresentar planos e ações concretas, o descontentamento já reinante tende a aumentar, com grande parte das indústrias sucateadas, o povo triste e preocupado com a iminente perda do emprego, as indústrias de construção civil reduzindo o contingente de mão de obra e o comércio vendo minguar suas vendas – por causa do grau de incerteza da população no futuro próximo, que não é promissor.
Somos totalmente contrários aos movimentos negativistas que tentam complicar ainda mais a situação, mas os políticos de todos escalões, incluindo prefeitos, vereadores, deputados federais, senadores e até a presidente do país, têm a obrigação de investir num plano de recuperação eficiente, dando todo apoio ao Poder Judiciário para punir os infratores, confiscando o dinheiro que foi roubado, assim como os bens adquiridos de forma ilícita pelos corruptos, não importando nomes e cargos – que deveriam estar a serviço da população, não de seu próprio enriquecimento ilícito.
Não podemos esperar que a atual crise se alastre, penalizando a agricultura, a indústria, o comércio local e internacional, os prestadores de serviços e os trabalhadores, com reflexos éticos e morais na juventude, principalmente nos estudantes, que são o futuro do país.
Nosso país, que é maravilhoso, com um povo bom e esperançoso por dias melhores, não merece o castigo que se avizinha.
Ainda é tempo de corrigir o destino dos brasileiros.
Vamos deixar de culpar terceiros inocentes e trabalhar para a solução, que por certo alcançaremos.
Pedro Zidoi Sdoia