Evita a automedicação em caso de dengue
Medicamentos como ibuprofeno ou outros AINES (anti-inflamatórios não esteroidais), ácido acetilsalicílico e paracetamol não devem ser consumidos nas farmácias sem uma avaliação prévia
O Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo lança a campanha “Farmacêuticos contra a dengue” O objetivo é ajudar no combate à doença, estimulando que os profissionais orientem seus pacientes sobre prevenção, cuidados e riscos no consumo de medicamentos, e ainda efetuem o encaminhamento para atendimento médico especializado, quando necessário. O farmacêutico acaba sendo um dos primeiros profissionais de saúde a atender o paciente com dengue, que procura a farmácia em busca de medicamentos para aliviar a dor e a febre.
Entre as principais ações promovidas pelo CRF-SP, estão a capacitação de farmacêuticos de todo o Estado para estarem preparados para essa força-tarefa contra a doença. Além disso, a campanha engloba divulgações em redes sociais, palestras em escolas e comunidades, a elaboração de um protocolo com procedimentos para farmacêuticos, inserção de informações no aplicativo “Farmacêutico”, voltado à população e que possibilita a busca de farmácias regulares com farmacêutico presente durante todo o horário de funcionamento.
Medicamentos que devem ser evitados
O alerta para a disseminação da dengue no Estado de São Paulo neste ano também requer cuidados e responsabilidade ao utilizar medicamentos sem orientação médica ou farmacêutica. O uso de uma dose exagerada de paracetamol para conter os sintomas de um resfriado, pode causar graves danos hepáticos, se o paciente estiver com dengue ou febre chikungunya. Essa situação pode ser mais comum do que se imagina, já que as pessoas costumam tomar um chá e comprimidos (ambos com paracetamol) e, sem saber, consumir uma dose acima da recomendada.
Medicamentos como Ibuprofeno e ácido acetilsalicílico que, pela legislação podem ficar disponíveis nos autosserviços das farmácias, também devem ser evitados por quem está com sintomas de dengue. Ambos interferem na agregação plaquetária. Assim como os anti-inflamatórios não esteroidais.
Mistura bombástica
O uso de álcool em associação com o paracetamol em caso de paciente com dengue é uma mistura bombástica, já que todos possuem ação hepatotóxica e o risco de uma cirrose ou hepatite fulminante se agrava.
Fonte: CRF-SP